Queremos viver e anunciar a Boa Nova do Evangelho com alegria, jeito humilde e paixão.
PRELAZIA DE SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA
Povo de deus no sertão
Dom Adriano Ciocca
Bispo da Prelazia de São Felix do Araguaia
Dom Adriano Ciocca nasceu em 08 julho 1949 em Borgosesia, diocese de Novarra (Itália). Frequentou o curso de Filosofia no Seminário Filosófico e Teológico San Gaudenzio, em Novarra e o curso de Teologia, noStudentato Teologico San Zeno, em Verona.
Foi ordenado sacerdote em 08 setembro 1974 e incardinado na diocese de Novarra.
Depois de alguns anos de prática pastoral em sua diocese de origem, viajou como sacerdote fidei donum para o Brasil, onde desempenhou os seguintes cargos, entre outros: Pároco em Araripina, então diocese de Petrolina, hoje diocese de Salgueiro (1979-1989); Pároco em Petrolina, com a cura pastoral da área rural do município de Petrolina e da paróquia de Afrânio (1989-1992)Foi nomeado bispo em 3 de março de 1999, pelo papa João Paulo II, para a diocese de Floresta (PE), onde atuou por 13 anos.
No ano de 2012 foi trasnferido para Prelazia de São Felix do Araguaia-MT, onde exerce seu ministério episcopal.
Lema: "Vim para servir"
Nascimento:08/07/1949 Local: Borgosesia, Vercelli / Itália
Filiação: Ettore Ciocca Vasino e Maria Zani
Ordenação Presbiteral: 08/09/1974 Local: Borgosesia-Itália
Nomeação Episcopal: 03/03/1999
Ordenação Episcopal: 02/05/1999 Local: Floresta-PE
Está no cargo desde: 02/05/1999
CNBB – CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL CENE – CENTRO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO – REGIONAL OESTE 2 Rua Tereza Lobo, 399 - Bairro Senhor dos Passos Tel. (65) 3028-5920 - Fax. (65) 3028-2503 E-mail: cnbboeste2@terra.com.br CNPJ 33 685 686/0018-07 - CEP 78.048-700 CUIABÁ – MT “A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA” (IS 32,17)
Os bispos e as coordenações das dioceses do Regional Oeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunidos em assembleia, na cidade de Cuiabá – MT, dirigem sua mensagem aos cristãos católicos, por ocasião das eleições municipais deste ano de 2016. Estas eleições têm a proximidade dos candidatos com os eleitores. Isso desperta mais interesse e facilita as relações, mas pode levar ao crime da compra e venda de votos, à divisão de famílias e da comunidade. O cristão respeita as diferenças e não faz delas motivo para inimizades ou violência. Para escolher e votar bem é preciso conheceros programas dos partidos, os candidatos e sua proposta de trabalho, sabendo distinguir as funções para as quais se candidatam. Dos prefeitos, no poder executivo, espera-se conduta ética nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos. Dos vereadores, requer-se uma ação correta de fiscalização e legislação que não passe por uma simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao executivo. Urge conhecer o passado do candidato, sua conduta moral e ética e, se exerce cargo político, conhecer sua atuação na apresentação e votação de matérias e leis a favor do bem comum. Para isso é bom promover debates com os concorrentes e propor que assinem cartas-compromisso em relação a causas relevantes para a comunidade. Cabe aos eleitores observar as fontes de arrecadação dos candidatos, atentos à simplicidade ou à ostentação da campanha. A lei que proíbe o financiamento por empresas, aplicada pela primeira vez nessas eleições, permite devolver ao povo o protagonismo eleitoral, submetido antes ao poder econômico. A Igreja Católica não assume nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos, leigos e leigas, que têm vocação para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos. Critérios para escolha de candidatos devem ser o seu compromisso com a vida, a justiça, a ética, a transparência, a luta contra a corrupção e seu testemunho na comunidade de fé. A renovação de candidaturas ajuda a por fim no carreirismo político. Após as eleições, convém aos cristãos, leigos e leigas,acompanhar os mandatos dos eleitos e assumir, com competência e capacitação, serviços nos Conselhos de participação popular, acompanhar as reuniões das Câmaras Municipais onde se votam projetos e leis para o município, a lei das diretrizes orçamentárias, atentos à elaboração e implementação de políticas públicas que atendam às populações mais vulneráveis como crianças, jovens, idosos, migrantes, indígenas, quilombolas e os pobres. Que nossas comunidades se organizem para tornar as eleições municipais ocasião de fortalecimento da democracia que deve ser cada vez mais participativa para a construção do bem comum. Que Nossa Senhora Aparecida, Mãe e Padroeira dos brasileiros, nos acompanhe e auxilie no exercício de nossa cidadania a favor do Brasil e de nossos municípios, onde começa a democracia.
Cuiabá, 28 de agosto de 2016.
EM TEMPOS DIFÍCEIS
O PROFETA MIQUÉIAS APONTA SAÍDAS
INTRODUÇÃO
Queridos irmãos e irmãs,
neste ano de 2016, no mês da Bíblia, o livro bíblico a ser estudado e meditado é o do profeta Miquéias. O tema é: “A profecia em defesa da vida”. O lema é uma frase do próprio livro de Miquéias: “Praticar o direito, amar a misericórdia, caminhar humildemente com o teu Deus” (Mq 6,8).
Miquéias era um homem do povo, bem do interior. Criado na roça, sua linguagem é simples e direta: pão, pão! queijo, queijo! Não usa meio termo e vai direto ao assunto. Ele vive muito identificado com o povo da roça, que era explorado e oprimido pelos grandes (Mq 2,1-2). Miquéias é um lavrador que observava como as terras dos pobres eram tomadas e invadidas (Mq 2,2). Ele denuncia a terrível dominação que os grandes impunham ao povo trabalhador (Mq 3,3; 3,9-11). Faz denúncias muito fortes contra Judá e contra Samaria e indica as causas: exploração, latifúndio, propinas, corrupção, vontade de ganhar dinheiro sem preocupação com os pobres.
Miquéias era um homem pé no chão, que alimentava sua fé a partir das histórias que ele ouvia do seu povo, desde criança, em casa e nas celebrações, as quais ele deve ter aprofundado nas reuniões da comunidade local.
Miquéias era um homem de esperança. Ele lembra como era a vida do povo no passado, bem no começo, “nos dias da saída da terra do Egito” (Mq 7,15). Ele espera o mesmo para o futuro: terra ampla, desde Galaad até Basan, desde o Mar Morto até o Mar Mediterrâneo, desde a montanha do Hermon até o Monte Horeb, a montanha de Deus (cf. Mq 7,11-12.14). Assim, ele transforma a saudade em esperança. Compara este passado tão bonito com a situação presente, em que ele e os pequenos eram obrigados a viver. E se pergunta: Por que as coisas são assim? Não deveriam ser assim! Então, como deveriam ser?
Miquéias vivia o conflito do povo. No povo, havia gente que explorava os outros sem misericórdia, e havia gente que sofria a exploração. Estes dois grupos faziam parte do mesmo povo. Miquéias sente dentro de si a vergonha de ser membro de um povo que explora e mata seus irmãos, e sente a alegria de ser membro de um povo onde vive tanta gente boa que resiste contra a injustiça.
Miquéias é porta-voz do povo oprimido. Havia profetas que eram porta-vozes do governo, dos grandes, dos corruptos, dos ricos, que viviam do suborno e da propina. Estes profetas diziam palavras de Paz aos que lhes davam presentes (Mq 3,5). Mas aos que nada ofereciam, eles declaravam a guerra (Mq 3,5). Miquéias sente-se porta-voz do povo oprimido e, por isso, sente-se animado para denunciar o crime (Mq 3,8). Ele não tem papas na língua para descrever as maldades dos opressores e para denunciar os governantes, os chefes e os falsos profetas. Para Miquéias, o pior de tudo é que esses opressores, mesmo oprimindo e matando, ainda pensam poder contar com o apoio de Yhwh (cf. Mq 2,6-7; 3,11). Mas Yhwh esconde deles a sua face (Mq 3,4). Esse pessoal que oprime os outros vai se perder (Mq 3,6-7).
Miquéias era um homem de fé. Para ele, tudo vem de Deus (Mq 7,18-20). Sua fé transparece nos sete capítulos do seu livro. Uma fé simples e pura. Miquéias usa imagens bonitas para expressar a esperança que o anima. Em suas visões, ele vê Deus como um pastor que vai conduzir o seu povo (Mq 2,12; 4,6-7) e o povo será como um rebanho tranquilo (Mq 7,14-15). Sião vai ser um sinal no mundo inteiro (Mq 4,1), vai ser “a montanha de Deus” (Mq 4,1-2). De Sião, a lei de Deus vai se irradiar entre os povos (Mq 4,2b). As espadas irão se transformar em arados, e haverá paz (Mq 4,3), cada qual na sua terrinha, tranquilo e feliz (Mq 4,4).
Diante da situação que estamos vivendo em nosso país, o Profeta Miquéias nos ajuda a situar-nos como cristãos dentro da realidade difícil que vivemos. Escutemos assim a voz do profeta participando dos nossos grupos de rua e vivendo com fé o nosso mês da Bíblia.
ANO MARIANO NACIONAl 2016-2017)
DECRETO NO 10/2016
O Presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB,
CONSIDERANDO
que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunida em sua 54a Assembleia Geral Ordinária, realizada em Aparecida de 06 a 15 de abril de 2016, aprovou a PROCLAMAÇÃO DO ANO MARIANO NACIONAL, a ser celebrado de 12 de outubro de 2016 a 1 1 de outubro de 2017, tendo em vista os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Padroeira do Brasil, e no uso das competências que lhe são atribuídas pelo art. 54, c, do Estatuto e pelo Art. 218, c, do Regimento da CNBB DECRETA
a sua promulgação, por meio do Comunicado Mensal da CNBB, entrando em vigor nesta data.
Dado em Brasília-DF, no dia 24 de agosto de 2016.
Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília - DF
Presidente da CNBB