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Dom Pedro Casaldáliga (Balsareny, província de Barcelona, 16 de fevereiro de 1928) é um bispo católico radicado no Brasil desde 1968.

 

Ingressou na Congregação Claretiana em 1943, sendo ordenado sacerdote em Montjuïc, Barcelona, no dia 31 de maio de 1952. Em 1968, mudou-se para o Brasil.

 

Foi nomeado administrador apostólico da prelazia de São Félix do Araguaia no dia 27 de abril de 1970. O Papa Paulo VI o nomeou bispo prelado de São Félix do Araguaia (Mato Grosso), no dia 27 de agosto de 1971. Sua ordenação episcopal deu-se a 23 de outubro de 1971, pelas mãos de Dom Fernando Gomes dos Santos, Arcebispo de Goiânia e de Dom Tomás Balduíno, OP e Dom Juvenal Roriz, CSSR. Foi bispo da sé titular de Altava até 1975.

Adepto da teologia da libertação, adotou como lema para sua atividade pastoral: Nada possuir, nada carregar, nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar. É poeta, autor de várias obras poéticas sobre antropologia, sociologia e ecologia.

Dom Pedro já foi alvo de inúmeras ameaças de morte. A mais grave, em 12 de outubro de 1976, ocorreu no povoado de Ribeirão Bonito (Mato Grosso). Ao ser informado que duas mulheres estavam sendo torturadas na delegacia local, dirigiu-se até lá acompanhado do padre jesuíta João Bosco Penido Burnier. Após forte discussão com os policiais, o padre Burnier ameaçou denunciá-los às autoridades, sendo então agredido e, em seguida, alvejado com um tiro na nuca. Após a missa de sétimo dia, a população seguiu em procissão até a porta da delegacia, libertando os presos e destruindo o prédio. Naquele lugar foi erguida uma igreja.

Por cinco vezes, durante a ditadura militar, foi alvo de processos de expulsão do Brasil, tendo saído em sua defesa o arcebispo de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns.No ano 2000, foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Campinas.Seu amor à liberdade inspirou sua luta contra a centralização do governo da Igreja, pois considerava que a visão de Roma era apenas uma a mais entre as várias possíveis, que a Igreja deveria ser uma comunhão de igrejas. Achava que se deveria falar da Igreja que está em São Félix do Araguaia, assim como se fala da Igreja que está em Roma, pois unidade não tem que ser sinônimo de centralização e sim de descentralização.

Com problemas de saúde, Dom Pedro apresentou sua renúncia à Prelazia, conforme o Can. 401 §1 do Código de Direito Canônico, em 2005. No dia 2 de fevereiro de 2005 o Papa João Paulo II aceitou sua renúncia ao governo pastoral de São Félix.

 

 

Livros de Pedro Casaldáliga

 

Creio na Justiça e na Esperança. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977.

Sonetos neobíblicos, precisamente. Musa Editora, 1996.

Espiritualidade da libertação. Petrópolis: Vozes.

Murais da libertação (com Cerezo Barredo). São Paulo: Loyola, 2005.

Ameríndia, morte e vida (com Pedro Terra). Petrópolis: Paulus, 1997.

Orações da caminhada (com Pedro Terra). Verus Editora, 2005.

LIVROS
Descalço sobre a Terra Vermelha
Francesc Escribano - ed UNICAMP - 2000
Este livro é resultado de um esforço coletivo, alcançado graças à figura exponencial de Pedro Casaldáliga. Para esta edição, contribuíram o autor do livro, os editores catalães, o professor Jorge Llagostera.

Cartas Marcadas
As Cartas marcadas de Dom Pedro Casaldáliga, escritas entre 1986 e 2005, decorrem de um claro compromisso de pastor,que extravasa em sua linguagem poética uma lúcida visão da realidade e decidida opção pelas causas do povo.

Cantigas Menores
Pedro Casaldáliga - ed UCG - 2003
É um miniantologia geopolítica, cuja matéria-prima o autor recolheu "rodando de ônibus por esdtas estradas, ouvindo falar o Povo falando, sentindo a Terra e, um pouco, o Céu". Retratam com amor e humor, a gente da Amazônia

Orações da Caminhada
Justiça, fé, esperança, amor, felicidade, religião, liberdade são alguns dos temas abordados neste livro que trata também sobre trabalho, sofrimento, miséria, perdão

Versos Adversos
Alfredo Bosi
A esperança rebelde na poesia de Pedro Casaldáliga
A linguagem do poeta Pedro Casaldáliga rima com a vida do militante cristão D. Pedro Casaldáliga.

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